Em um recente webinar, Além da Inteligência Tradicional de Dispositivos: O Futuro da Identidade Digital & Prevenção de Fraudes, especialistas do setor Saurabh Bajaj, Diretor de Produtos da Oscilar, e Christopher Adjei-Ampofo, CIO da Uphold, exploraram como o cenário de segurança digital e prevenção de fraudes mudou fundamentalmente.

A discussão destacou por que as soluções tradicionais de impressão digital de dispositivos e biometria comportamental falham em acompanhar as ameaças modernas sofisticadas—e o que as organizações precisam fazer para se manterem protegidas enquanto mantêm experiências de usuário sem atritos.

Abaixo você encontrará os principais pontos discutidos, e como você pode implementá-los em sua própria organização.

A Revolução das Finanças Digitais

Nos últimos cinco a sete anos, testemunhamos uma transformação sem precedentes em como os usuários interagem com serviços financeiros. Pagamentos digitais, bancos integrados, Web3 e carteiras de criptomoedas criaram um ambiente onde os usuários esperam que tudo seja dinâmico, personalizado e instantâneo. Sejam os usuários comprando itens com um único toque, transferindo fundos através de fronteiras em segundos, ou acessando serviços financeiros diretamente dentro de aplicativos, as expectativas de velocidade, conveniência e segurança nunca foram tão altas.

Embora esses avanços tenham criado enormes oportunidades para empresas e consumidores, também abriram novas vulnerabilidades. À medida que transações financeiras se tornam cada vez mais sem atrito, os fraudadores rapidamente exploram esses desenvolvimentos.

Por que a Inteligência de Dispositivos Tradicional e a Biometria Comportamental Estão Falhando

Soluções tradicionais de impressão digital de dispositivos e biometria comportamental que antes representavam o padrão ouro agora lutam para acompanhar as técnicas modernas de fraude. Christopher Adjei-Ampofo da Uphold compartilhou sua experiência:

Os palestrantes do webinar demonstraram como ferramentas modernas podem facilmente contornar medidas de segurança tradicionais:

1. Falsificação de dispositivos evoluiu além da simples detecção de impressões digitais de navegadores

2. Simulações comportamentais agora podem imitar perfeitamente os movimentos do mouse e padrões de digitação humanos

3. Ferramentas de automação baseadas em IA como Node River e Playwright podem criar interações aleatórias e semelhantes às humanas que enganam a detecção tradicional

4. Deep fakes agora são sofisticados o suficiente para superar verificações de vivacidade durante o KYC

O Surgimento de Ameaças Potencializadas por IA

Talvez o desenvolvimento mais preocupante envolva a democratização de métodos de ataque sofisticados. O que antes exigia habilidade técnica significativa e recursos agora pode ser realizado por atacantes com "alguns cliques", usando ferramentas prontas disponíveis em mercados da dark web.

O webinar apresentou um cenário particularmente preocupante que mantém Chris "acordado à noite em suor": "Os atacantes violaram bancos de dados onde credenciais foram roubadas... com esses bots, eles usam essa lista, sabem quem são nossos clientes Uphold... configuram o bot para ir aos perfis de mídia social do Facebook, puxar informações dos perfis de mídia social, imagens, criar um deep fake para comprometer nossos sistemas de detecção."

A demonstração de agentes de IA que navegam autonomamente em sites, preenchem formulários e tomam decisões com base no que observam destacou como essas ameaças evoluíram além de ataques simples e roteirizados.

O Caminho a Seguir: Inteligência de Identidade Cognitiva

Para combater essas ameaças avançadas, as organizações precisam de uma abordagem fundamentalmente diferente para a inteligência de dispositivos e prevenção de fraudes. Os especialistas delinearam várias inovações essenciais:

O webinar demonstrou como essas inovações combinam milhares de sinais para criar um quadro de prevenção de fraudes mais robusto, mantendo uma experiência de usuário contínua.

Equilibrando Segurança e Experiência do Cliente

À medida que as experiências digitais se tornam mais contínuas, a segurança não pode vir à custa da experiência do cliente ou da eficiência operacional. Como Christopher Adjei-Ampofo observou:

"Olhando para alguns dos sistemas legados e sistema que temos em vigor, muitos falsos positivos ocorrem. E quando muitos falsos positivos ocorrem, isso significa que você sobrecarrega muitas pessoas para resolver o problema... Não podemos resolver isso adicionando mais pessoas ao problema. Isso não funciona. Isso não escala como empresa."

As soluções modernas mais eficazes devem fornecer sinais de risco claros, reduzir falsos positivos e permitir automação que permita às equipes de segurança focar em ameaças reais.

Conclusão

Está claro que chegamos a um ponto de inflexão na luta contra fraudes digitais. Soluções tradicionais de impressão digital de dispositivos e biometria comportamental foram projetadas para uma era diferente e agora provam ser cada vez mais ineficazes contra as ameaças potenciadas por IA de hoje.

Organizações que desejam construir confiança com os clientes enquanto possibilitam experiências digitais sem empecilhos precisam adotar abordagens de prevenção de fraudes mais sofisticadas e orientadas por IA—aproximações que podem se adaptar tão rapidamente quanto as ameaças evoluem enquanto mantêm jornadas de usuário sem atritos.

Conforme concluiu Christopher Adjei-Ampofo: "Todos estamos tentando fazer a mesma coisa. Porque a confiança é importante."

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